Recentemente o Whatsapp reportou uma falha de segurança gravíssima e pediu para que os mais de 1,5 bilhão de pessoas que têm o dispositivo baixado em seus celulares, o atualizassem.
Esse foi mais um alerta de como precisamos estar atentos às fraudes na internet. Segundo o Serasa Consumidor, o Brasil tem mais de 25 milhões de dados violados, sendo o quinto país com mais vazamentos de informações.
A cada 17 segundos um brasileiro é vítima de tentativa de fraude de roubo de identidade, quando criminosos usam dados pessoais de vítimas para obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos ou realizar um negócio sob falsidade ideológica.
O economista e consultor do Sebrae Sergio Dias lembra que foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo Executivo recentemente a Lei de Proteção de Dados (LGPD), que entrará em vigor em 2020.
Com o vazamento de dados dos usuários do Facebook, o governo brasileiro viu ainda mais a necessidade de ter uma lei que pudesse proteger a população das fraudes na internet e meio físico.
Dessa forma, a LGPD dará disciplina à maneira como os dados pessoais são coletados, tais como o nome, sobrenome, CPF, RG, assim como dados como raça, sexualidade, religião, e qualquer outro dado considerado sensível.
1- Compras on-line
Uma boa dica é pesquisar a idoneidade da empresa, conferindo os dados comerciais da empresa de comércio eletrônicos. "Os canais de vendas virtuais são obrigados a fornecer os dados como razão social, endereço, telefone e CNPJ", diz Vita.
Antes de comprar, entre em contato com a empresa nos contatos oferecida pela companhia para saber se de fato funciona. Fazer uma dupla checagem nunca é demais.
Veja também a reputação da empresa por meio de sites de reclamação. O Procon-SP tem uma lista de sites devem ser evitados, pois tiveram reclamações de consumidores registradas.
E, ainda, sempre que possível, verifique no site dos tribunais se há processos contra essa empresa em grande volume. Isso ajuda a fugir de fraudes na internet.
2- Investimentos na internet
Os sites das corretoras de valores e dos bancos costumam ter mecanismos de segurança. Se você é cliente da corretora ou do banco, ligue para eles e se informe sobre os procedimentos e a segurança da transação antes de fazê-la.
Mas fique atento também na hora de escolher a instituição para não cair numa cilada e perder dinheiro. Busque sempre por sites oficiais, como CVM e B3, para confirmar as informações. A CVM tem uma lista empresas que receberam alertas sobre atuação irregular no mercado financeiro.
3- Empréstimos online
Dependendo da entidade de crédito (se for um banco ou uma agência de fomento), as transações são geralmente criptografadas e há mecanismos de segurança de dados que protegem sua transação.
Fique atento aos sinais para ter certeza que a instituição e o empréstimo são idôneos. Na hora do desespero por dinheiro, muitas pessoas acabam caindo em fraudes na internet.
Para terem garantias de que serão pagas, as instituições fazem uma varredura de histórico de crédito e pedem o CPF do tomador para essa verificação. Esses processos são normais e necessários para garantir que o crédito seja liberado. Promessas de empréstimo sem essa checagem podem ser maliciosas.
A cobrança de taxas antecipadas não é permitida pelo Banco Central. Logo, instituições sérias não fazem esse pedido. E lembre-se também que todas as empresas de empréstimos pessoais devem estar registradas como pessoa jurídica.
4- E-mails estranhos
Recebeu um e-mail com um link oferecendo comissão, bônus, empréstimo ou qualquer dinheiro fácil? Ou um e-mail de um desconhecido com algum anexo? Fique atento!
Geralmente, mensagens como essas contêm um link para mais informações ou para fornecer suas informações pessoais. O link pode possuir software malicioso para hackear seu computador ou o golpista pode roubar sua identidade com essas informações.
"Você pode averiguar a conformidade do endereço da mensagem utilizando a função Propriedade. Antes de abrir a mensagem, clique sobre ela na caixa de entrada com o botão direito do mouse. Clique em Propriedade e você terá a informação da origem da mensagem. Se tiver dúvida de sua veracidade, entre em contato com a empresa ou pessoa que supostamente estaria enviando a mensagem", explica Dias.
E lembre-se: a maioria dos bancos e entidades financeiras não solicita informações pessoais via mensagens de e-mail ou por Whatsapp.
Sobre os aplicativos de mensagem, inclusive, não é aconselhável enviar informações pessoais (como o número do cartão de crédito e código de segurança) por eles, mesmo que a pessoa seja conhecida e de confiança. "Seus dados podem ser hackeados por outros e você fica vulnerável", diz Dias.
5- Caí em uma fraude na internet, o que fazer?
Primeiro, tente registrar imediatamente a reclamação no site do e-commerce, banco ou financeira. Guarde as provas, como prints de tela, e-mails e mensagens recebidos, etc.
Além disso, formalize reclamações em sites de consumidores e também no site do Procon, do Ministério da Justiça. Se a fraude for na sua conta bancária ou cartão de crédito, comunique imediatamente seu banco e registre o Boletim de Ocorrência na Delegacia.
Lembre-se: mantenha seu antivírus sempre atualizado também para bloquear programas maliciosos, nunca passe informações de senhas bancárias por telefone e verifique com frequência seu extrato para evitar surpresas.